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Luene Alves
 
 

 

1-De prodígios a Mudanças sentiu dificuldade em trocar o gênero?

Não. Estou sempre me arriscando em diversos gêneros, então é sempre divertido ficar “pulando” entre um e outro. Preciso apenas de um tempo para me acostumar e aprender a lidar com o gênero escolhido.

 

2-Bienal do livro, conte-nos a sua experiência no evento?

Foi maravilhosa! Tive oportunidade de conhecer leitores e amigos que conhecia apenas através das redes sociais, e foi incrivelmente gratificante. É claro que o evento em si foi um pouco mais bagunçado do que eu tinha imaginado, os preços dos lanches estavam caríssimos, e tinha muuuita gente, mas mesmo assim valeu cada segundo.

 

3-Conte-nos sobre seu livro de estreia “Instituição para jovens prodígios”. Como foi a recepção, teve comparações com X-men de Stan-Lee?

Bom, o livro foi lançado em 2013 através de uma editora que publica livros sob demanda, por isso o início foi bem difícil para mim. Apenas minha família, amigos e conhecidos começaram a ler e a me dar o feedback que eu queria. Após eu incluí-lo na Amazon, no entanto, foi que desandou. Muitos leitores que eu não conhecia comentavam como tinham gostado do livro e como eu consegui deixar aquele gostinho de quero mais, já loucos pela continuação. No geral, está sendo sensacional! Quanto às comparações por enquanto ninguém me disse nada rs

 

4-No dia 19/01 você postou em sua rede social do facebook. “Terminei mais um livro” E ai, que tal contar para os leitores do Litera?

Sim, gosto de compartilhar sempre com meus leitores essas pequenas vitórias. Esse livro que eu comecei a escrever em novembro de 2014 através do NaNoWriMo fazia parte de um dos projetos que eu tinha desenvolvido alguns anos atrás. Por enquanto não posso falar muita coisa porque ainda tenho muito que melhorar e trabalhar nele, mas o que posso dizer é que não é nada que vocês possam imaginar. Existe um novo mundo, uma garota, e muitos seres incríveis e complexos. É uma trilogia, e esse é apenas o primeiro livro.

 

5-Modo Editora, como é fazer parte deste time de feras?

É uma experiência muito interessante. Conheci vários autores na Bienal e foi bem divertido. É uma honra enorme fazer parte dessa equipe cheia de talentos nacionais.

 

6-Conte-nos como foi seu caminho para ser escritora, qual a sua maior dificuldade?

São tantas dificuldades que fica difícil nomear apenas uma. No entanto, posso dizer que a maior dificuldade foi compreender como é o cenário literário nacional. Infelizmente, o autor brasileiro contemporâneo ainda precisa, em muitos casos, investir uma quantia para publicar seus livros. Como vim de uma família humilde, essa parte me assustou bastante e me fez passar por momentos bem angustiantes desde 2013. Aos poucos fui aprendendo mais e mais, e ainda hoje tenho que aprender a me adaptar e a esperar que esse cenário mude para melhor – e logo.

 

7-Os ganhos de autores sobre seus livros não são grandes, qual a sua opinião sobre a frase “Gasta-se muito, se ganha pouco”.

Concordo! A menos que o autor consiga se destacar ao lado de uma dúzia de outros autores nacionais, os ganhos são pequenos e os gastos são enormes.

 

8-Sobre Mudanças, como foi escrever um livro que deveria ser guia prático para toda adolescente? Quais as suas dificuldades?

Bom, eu escrevi o enredo principal de Mudanças aos 13 anos de idade, então eu senti bem na pele o que era passar por todos aqueles problemas juvenis. Quando decidi que queria publicá-lo em 2013 também sabia que várias modificações deveriam ser feitas para atrair o público. Foi assim que criei esse “guia prático” como você mesmo sugeriu. Ser adolescente não é nem um pouco fácil – arrisco dizer que é uma das fases mais complicadas e chatas da vida. Exatamente por isso criei Verônica, a personagem mais aborrecente de todas as galáxias. Uma das grandes dificuldades em adicionar mais cenas e criar os passos pelos quais ela passa, foi a incerteza se os leitores compreenderiam meu objetivo. Afinal, nessa fase da vida todo adolescente quer se sentir querido, amado – quer sentir que alguém se importa com ele. E é isso, além de outros temas como separação dos pais, namorados possessivos e atitudes explosivas, que trabalho em “Mudanças”. Meu maior medo era que o público não compreendesse que Verônica é sim teimosa, metida e por vezes irracional, mas porque ela não sabe lidar com essas mudanças em seu corpo e mente.

 

9-Ping Pongue Litera Point.

Uma Musica/ Um Filme / Uma pessoa/ Uma frase/ Um livro

Wide Awake, Katy Perry

O Castelo Animado, Hayao Miyazaki

Meus pais (são duas pessoas, eu sei rs)

“Viver é desenhar sem borracha”, Millôr Fernandes

O Oceano no Fim do Caminho, Neil Gaiman

 

10-Qual tema você jamais escreveria? E qual você amaria escrever?

Olha, não gosto de dizer que jamais escreveria, mas já tentei várias vezes escrever livros ou contos no gênero erótico e não consegui. Já criei histórias mais sensuais, mas nada muito claro e explícito, se é que você me entende (risos). Por outro lado, sou fã incondicional de fantasia, então eu amo escrever histórias fantásticas, daquelas bem malucas mesmo, e criar mundos, teorias, personagens, etc., sem barreiras.

 

11-Se pudesse escolher um autor Top, qual você entregaria um livro seu na espera de uma opinião seja ela qual for?

Neil Gaiman, porque o cara é fera demais; ou Cassandra Clare, porque ela sabe lidar com temas muito legais em seus livros.

 

12-Qual a sua maior fonte de inspiração?

Tudo! A vida, as pessoas, os acontecimentos, as conversas... Simplesmente tudo que vejo, ouço e faço.

 

13-Qual foi a sua reação ao ser indicada ao Oscar da Literatura?

Quase nem acreditei! Dei um grito e contei para o meu namorado, totalmente eufórica.

 

14-Literatura Fantástica, o tema esta crescendo e muito, alguns autores escrevem bem, outros nem tanto. As editoras mal leem os originais, qual a sua opinião sobre este “descaso”. A facilidade na publicação é o motivo desde crescimento?

Você acha que a literatura fantástica está crescendo mais? Eu honestamente acho que ela está sendo ofuscada nos últimos tempos por livros de romance e hot. Não que não tenhamos vários autores nacionais por aí escrevendo o gênero, mas não acho que está sendo dado o devido valor.

Quanto às editoras, não posso discordar. Parece, na minha opinião, que não há um critério sobre o que tem “qualidade” ou o que não tem – basta o autor ter o valor necessário para desembolsar. Enfim, acho que é uma série de fatores que deixa o escritor de fantasia de lado, esperando sua vez de ter destaque. Se realmente há um crescimento do tema fico feliz! Existem tantas possibilidades na literatura fantástica que seria triste se ela fosse esquecida.

 

15-Deixe uma mensagem para os leitores do LiteraPoint

Obrigada pelo carinho! Espero que gostem das minhas respostas e que meus livros sempre os deixem eufóricos, felizes ou com vontade de me esganar rs Beijos e abraços literários!

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